sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Entrando em Icó, uma cidade tombada pelo Patrimônio Histórico


Pointe sobre o
Ponte sobre o Rio Salgado
A história de Icó, na qual se entra pela ponte Piquet Carneiro [nome do engenheiro que a construiu] sobre o rio Salgado, tem seu início – como muitas outras cidades brasileiras – com o extermínio dos índios, os tapuias, com a chegada dos brancos portugueses, por volta 1682.
Na primeira metade de século XVII, já era um lugarejo importante, lugar de comércio e do encontro dos diversos caminhos da região.
A partir daí, ganha cada vez mais importância e uma Carta Régia, assinada elo rei de Portugal, D. João V, em 17 de outubro de 1736, transforma-a em vila. Icó vai prosperar cada vez mais, até seu declínio, na segunda metade do século XIX, a partir da grande seca de 1877 e a epidemia de cólera que dizimou praticamente toda a sua população.
Praticamente toda a cidade de Icó é tombada pelo Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]. No quadrilátero formado pelo centro velho as especificações são ultra-rigorosas: até reformas internas precisam de autorização do Iphan.
Vários proprietários estão sendo acionados na Justiça. O Iphan processou até mesmo a Prefeitura que ladrilhou o piso em frente Câmara dos Vereadores [atual] A igreja também costuma dar trabalho ao Iphan.
Quem andou comigo por toda a cidade, deu-me as informações dos posts sobre Icó, incluindo as do folheto sobre a cidade, escrito por ele, foi o historiador Altino Afonso de Medeiros.
Funcionário da prefeitura, radialista [seu programa fala sobre a história de Icó], guardião da história e do patrimônio material e imaterial de Icó, Afonso é um sujeito disposto e atencioso; não se cansa de percorrer as suas ruas, igrejas, casas e sobrados, mostrando-as a visitantes.
Se você quiser conhecer Icó, a conhecerá melhor conduzido por Afonso. Os telefones dele: (88) 9227 0958 (88) 9949 1768. Telefone da Secretaria da Cultura [onde Afonso trabalha]: (88) 3561 1628.
Icó é uma cidade muito interessante, do ponto de vista histórico, arquitetônico e humano – e eu recomendo uma visita. Só um passeio a pé pela cidade para conhecer o casario já vale a pena. No entanto, na cidade, não existem hotéis e todas as pousadas estão abaixo da crítica.


Rua do Centro Histórico
Rua do Centro Histórico

 

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